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Foto do escritorMayara Pimentel

Desalentado - um sinal para transformar

Atualizado: 4 de mar. de 2021

Você já ouviu falar nos desalentados? O desalento é pior duplamente que o desemprego para a economia do mundo, em especial, para o nosso país.


Eu não conhecia esse termo antes de 2016, ao trabalhar com analise econômica para empoderamento econômico de Jovens, em uma ONG internacional, foi quando mergulhei nesse conhecimento. Segundo o IBGE, um trabalhador que está sem emprego e procurando por uma oportunidade é considerado um desempregado. No entanto, se por algum motivo ele não esteja indo atrás de uma oportunidade ou tenha desistido, ele já não é mais considerado um desempregado. A partir desse ponto, o indivíduo se encontra em estado de desalento.


Nas últimas pesquisas constatei que a Pandemia empurrou mais de 5 milhões de brasileiros para fora das estatísticas de emprego. Com a pandemia, força de trabalho potencial aumentou 63% e indica que o mercado de trabalho pode estar pior do que a taxa de desemprego sugere, ou seja, estamos falando da quantidade muito superior de desalentados, as pessoas que não estão trabalhando e nem a buscar por ele (e não estão nas estatísticas). Por uma questão de metodologia, é como se essas pessoas “sumissem” da taxa mais observada para medir o desemprego no país.


Mas com o olhar cuidadoso é possível identificar esse contingente e ter uma visão mais clara da situação do emprego no país, e entender que enquanto um direito, os números do desalento tornam-se pior do que pode parecer.


Do ano passado para cá, milhões de brasileiros estão sendo incluídos nesse grupo, mas que têm potencial para voltar ao mercado. Então vale ressaltar que essas pessoas não são consideradas desempregadas, têm total capacidade de retornar. (Ainda que o IBGE tenha passado a divulgar também a Pnad Covid, que traz um recorte focado na pandemia, a Pnad Contínua é o indicador oficial do desemprego no país.)


Enquanto mentora de empoderamento econômico vejo este cenário com uma certa impotência, pois tenho nítido em minha mente que é possível formarmos uma nova economia consciente revendo nosso estilo de vida e enxergando melhor nosso "Eu interior", o que inclui reorganizar valores. Obvio que há particularidades, em especial, as vulnerabilidades sociais e não estou aqui para dar uma receita.

Nunca desisti do mercado mas já me vi desalentada no emprego, você também?

Pesquisas mostram mais de 75% de insatisfeitos no trabalho, e pelos depoimentos das minhas mentorias esses números são ainda maiores.

Eu saí do mundo corporativo por sentir tanta aleatoriedade nas diversas relações. Essa decisão gerou meu reencontro próprio e a abrir meus olhos para novos caminhos, desta vez com mais sentido. Mas também sei que não é um único caminho, e que há muito sentido nas empresas para construir futuros. O desalento, a desistência está na complexidade de todas as nossas vulnerabilidades do moderno humano econômico, no qual hoje eu poderia resumir a minha visão do termo através da consequência da hiperconexão (leia mais nesse artigo).



Quando desistimos de nossos direitos, estamos desistindo de si próprio, de parte da vida. Os direitos humanos, como o caso do trabalho, asseguram nossa melhor relação social. A (pandemia) confusão mental, a ausência de um porquê, a inversão da pirâmide populacional e o abismo geracional são alguns dos pontos que atormentam essa nova era, e eu creio que geram esse comportamento. Mas ao invés de viver esse momento liminar - de transição para transformar (leia mais sobre esse conceito), há milhões de pessoas que estão desistindo de se 'colocar no mundo' (tenho um relato legal sobre isso) e considerar o servir do trabalho uma missão vocacionada, junto a coragem de desapegar-se dos velhos hábitos da relação com a vida.


Acredito que a essa altura você já identificou conhecidos ou até si mesmo como um desalentada(o), e aí vem a questão: Como podemos transformar e sair do desalento? É possível ajudar alguém desalentado?


Para todas as questões a Mentoria Transformar Fase 1 ou 3, ou até mesmo toda a Jornada, pode ser a melhor opção para alguém em desalento, e sem usar de minha pretensão apenas das experiências que tenho vivido através delas. Mas desde já saiba que todos nós podemos ajudar as pessoas a confiarem em suas missões, a partir da valorização vocacional. Ajude ou se ajude a mudar este cenário buscando nutri sua vocação e vibração mental positiva.


Para mudar essa vibração o mês de Março será de muitos posts-feed sobre esse tema no Instagram :) . Aho!!



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